Relações entre arquitetura e literatura são debatidas em mesa da Flip

 flip                                                                                                                                                          A antropóloga francesa Michèle Petit, a arquiteta Dominique Gauzin-Müller e a artista plástica e articuladora cultural brasileira Marie Ange Bordas debateram as conexões entre urbanismo, arquitetura e literatura e o impacto dessa relação na sociedade durante a Mesa Zé Becker, realizada na manhã desta quinta-feira (7), na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
Michèle citou exemplos na Argentina onde a literatura e a cultura modificaram a perspectiva dos habitantes de determinadas localidades. "Líamos poemas e mostrávamos livros de arte para essas pessoas, sempre alternando com passeios. O tecido das palavras, essas histórias e fantasias criaram a profundidade para uma troca de ideias. Sem isso, não teríamos como modificar os lugares onde vivemos".
Já a brasileira Marie Ange mostrou como um simples fotonovela modificou a realidade de uma localidade no Sri Lanka, num projeto que serviu para resgatar a autoestima e a alegria de seus habitantes.
"Precisamos utilizar essas ferramentas como artista, e compartilhá-las com as pessoas, para que esse ciclo seja perpetuado. Assim, através de poética e estética, vamos criar condições para transformar estes espaços em locais mais habitáveis".
Para Marie Ange, essas pessoas não podem ser tratadas como vítimas. "Isso não pode ser aplicado apenas onde existe marginalização desses habitantes. Eles devem ser educados para que posam sem ouvidos num macrossistema".
Através da cidade alemã de Tübingen, a arquiteta Dominique explicou que os problemas urbanísticos também acontecem na Europa, e que a iniciativa da população, somada a políticos e arquitetos comprometidos, pode transformar a realidade de uma comunidade inteira.
“Ali a arquitetura atuou no sentido de recuperar os espaços, os virtuais e físicos. Em alguns casos, isso não basta. É preciso encontrar soluções e incentivar a solidariedade", disse Dominique sobre a cidade, que ficou conhecida como "a cidade de caminhos curtos".
"Os lugares foram reaproximados. Agora, trabalho, moradia e lazer estão juntos num trabalho integrado entre população e estado".
Fonte: http://g1.globo.com/flip/2011/noticia/2011/07/relacoes-entre-arquitetura-e-literatura-sao-debatidas-em-mesa-da-flip.html

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