IAB e Marinha lançam concurso público de arquitetura e projetos complementares para reconstrução da estação científica do Brasil na Antártica


O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e a Marinha do Brasil vão lançar, no próximo dia 22 de janeiro, o Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz, que irá selecionar o melhor projeto para as instalações da Estação científica brasileira na Antártica.

O evento será realizado na sede do IAB, no Rio de Janeiro, às 11h. Veja o convite do evento na página do IAB no Facebook.

Foram convidados os representantes do IAB; da Marinha do Brasil, dos Ministérios da Defesa; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Meio Ambiente; parlamentares à frente do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), empresas privadas que cooperam com o Programa, dentre outras autoridades.

O concurso será aberto à participação de arquitetos brasileiros e estrangeiros associados a escritórios brasileiros. O caráter internacional do concurso tem como objetivo promover intercâmbio de conhecimento entre profissionais de diversos países e estimular a inovação tecnológica. Além disso, para que a estação incorpore todos os requisitos técnicos e ambientais, será exigida a formação de uma equipe multidisciplinar constituída por diversos especialistas, sob a coordenação do arquiteto responsável pela elaboração do projeto.

“A ideia é que a Estação brasileira na Antártica se torne uma referência, principalmente em relação aos aspectos de inovação tecnológica de projeto e dos sistemas como um todo. O desafio de apresentar uma solução sofisticada, tanto do ponto de vista tecnológico quanto construtivo e espacial, certamente irá despertar o interesse de muitos arquitetos. É um projeto singular que tem um aspecto simbólico importante”, afirma o presidente do IAB, arquiteto Sérgio Magalhães.

Com o suporte da Frente Parlamentar de Apoio ao Programa Antártico, o concurso envolverá, além dos ministérios do Meio Ambiente; da Ciência, Tecnologia e Inovação; e da Marinha do Brasil, departamentos e diversas instituições de ensino e pesquisa também engajadas no plano de reconstrução da estação.


A desmontagem das edificações anteriores - operação de elevada complexidade e conduzida pela Marinha - foi concluída no dia 12 de janeiro deste ano, data em que foi comemorado o 31º aniversário do Programa Antártico Brasileiro. A previsão é de que o processo de licitação da obra resultante do projeto escolhido seja iniciado ainda este ano.


Localizada na Península Keller, no interior da Baia do Almirantado, Ilha Rei George, a Estação Comandante Ferraz começou a operar há 28 anos para estudos do ambiente antártico por meio do PROANTAR, programa de pesquisas do Governo Federal. A comunidade científica que a utiliza é formada por estudiosos de diversas áreas de conhecimento, dentre elas: oceanografia, meteorologia, biologia, geologia, química e arquitetura.


Segundo o almirante Marcos Silva Rodrigues, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar – SECIRM, a estação do Brasil na Antártica é um legado ao país, não só pela produção científica, mas também, por incentivar a formação de novas gerações de pesquisadores brasileiros e pelo domínio do conhecimento de complexas operações logísticas, em ambiente inóspito.


“A estação representa uma significativa política de valorização da ciência pelo governo brasileiro. Por isso, temos a atividade científica como o principal pilar de sustentação do Brasil na Antártica. Com uma missão tão rica como esta, a seleção do projeto para a reconstrução não podia ser feita de outra maneira senão por concurso público, a forma mais democrática de avaliação”, afirma o almirante.


As pesquisas realizadas na estação são voltadas para a compreensão dos fenômenos naturais do ambiente local e sua repercussão em âmbito global, principalmente, no Brasil. Com características ímpares, o continente antártico influencia diretamente o equilíbrio climático de todo o planeta, constituindo-se um laboratório natural, onde é possível estudar e desvendar alguns dos segredos da atmosfera, dos mares e da vida na Terra.

A vocação marítima e o papel geopolítico no Atlântico Sul fizeram com que o Brasil sempre demonstrasse interesse pela região, principalmente pela influência que ela exerce nos fenômenos meteorológicos e oceanográficos presentes em nosso território e em nossas águas jurisdicionais.

O Brasil é membro consultivo do Tratado Antártico desde 1975. Posteriormente, em 12 de janeiro de 1982, foram assinados os Decretos nº 86.829 e 86.830, instrumentos que consistiram na gênese do PROANTAR e resultaram no estabelecimento da Comissão Nacional para Assuntos Antárticos (CONANTAR), e na atribuição, à Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), da responsabilidade pela elaboração desse importante Programa.
 


Serviço



Lançamento do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz

Data: 22/01/2013

Hora: 11h

Endereço: Rua do Pinheiro, 10, Flamengo, Rio de Janeiro – sede do IAB-RJ
 

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