2º Encontro de BioArquitetura, em Nova Friburgo/RJ

  EBA 2013
    Data: 15 a 17 de Novembro de 2013 - Nova Friburgo/RJ

O Instituto Serrano de Economia Criativa – ISEC, juntamente com o Centro de Tecnologia Intuitiva e BioArquitetura – TIBÁ, tem o prazer em promover o 2º Encontro de BioArquitetura – EBA 2013.

 

EBA 2013
Sabemos e ouvimos todos os dias que precisamos de novas soluções para que o ser humano possa diminuir o processo destrutivo que consciente ou “inconscientemente” tem praticado. É realmente fortalecedora a ideia de trocar experiências e conhecimentos com os atuais mestres de soluções construtivas de baixo impacto ambiental, independente do contexto socioeconômico.
Para uma verdadeira mudança precisamos ampliar nosso campo de visão, e com a BioArquitetura, englobar princípios da Permacultura, BioConstrução, Agrofloresta, Nutrição e Produção de Alimentos, Economia e Política no nosso dia a dia. Por esse motivo é um evento aberto à todos os interessados em soluções inovadoras e viáveis, para um estilo de vida mais saudável, feliz e de bem com o meio ambiente.
- A preocupação com a saúde do ambiente projetado, utilizando tecnologias simples e apropriadas, energias limpas e renováveis e materiais naturais e ecológicos, beneficia a sustentabilidade local e gera microclimas para as comunidades.
- A Arquitetura em parceria e harmonia com o meio ambiente, promove a captação e geração de recursos, favorece no reflorestamento, na preservação da fauna e flora, e prioritariamente na restauração de áreas degradadas através do plantio, manejo e construção.
- Economias solidárias, reuso de materiais e reciclagem são princípios fundamentais para produção e desenvolvimento sustentáveis das cidades.
A soma ou entendimento de parte de todos esses conceitos, pode sim abrir novos caminhos para o futuro das comunidades, das cidades, dos países e finalmente do nosso planeta.
Com esses três dias de evento pretendemos experimentar esse movimento coletivo do pensar, propor e agir, através de palestras e oficinas práticas.
Participe desse resgate e reconciliação de nós, seres humanos, com o nosso ecossistema!

Palestrantes:

 



Nena Alava
Zome – Mestre dos domos geodésicos
Nena é permacultora, bioconstrutora, autodidata em geometria e apaixonada pelo trabalho de Buckminster Fuller. É especializada também em construções de domos e cúpulas geodésicas e Zome – tenso estruturas e arquitetura têxtil para eventos e cenografia.
Em 2004, foi responsável pelo projeto e construção de uma das maiores cúpulas geodésicas do mundo com 35m de diâmetro e 17 metros de altura, palco do maior festival de música e arte de Portugal, o “Boom Festival”. Nena deu aula para mais de 800 alunos nos últimos 9 anos. Foi instrutora no IPEC e foi colaboradora no 4º Encontro Internacional Bioconstruyendo 2013, na Ecoescuela El Manzano, no Chile.


Marsha Hanzi
Permacultura – Agricultura Intuitiva
Marsha é suiça-americana, residente no Brasil desde 1976. Graduada em Antropologia Ecológica pela Universidade da Flórida, nos EUA, fez seu mestrado em Lingüística Aplicada pela Universidade de Essex, na Inglaterra.
Precursora da Permacultura no Brasil, Marsha foi fundadora do Instituto de Permacultura da Bahia, em 1992, e tem grande experiência com sistemas agroflorestais, agricultura sustentável e intuitiva, incluindo o uso de florais, radiestesia, kineseologia. Também foi idealizadora do Projeto de Policultura no semiárido, que hoje trabalha com mais de mil famílias na região de Irecê sendo reconhecida com diversos prêmios.
Em 1999, escreveu o livro “O Sítio Abundante – Co-criando com a Natureza”, publicado pelo Instituto de Permacultura da Bahia. Em 2003 fundou o Marizá Epicentro de Cultura e Agroecologia onde atualmente desenvolve seu trabalho num belo vale do Sertão há 5 horas de Salvador – BA, em solos que foram extremamente pobres. Em 2003 fundou o Marizá Epicentro de Cultura e Agroecologia onde atualmente desenvolve seu trabalho num belo vale do sertão há 5 horas de Salvador – BA, em solos que foram extremamente pobres.
Segundo Marsha “é a mudança do homem dominador da paisagem para o homem participante na teia de vida complexa que ocupa um espaço”.


Lúcio Ventania
Ação Social – Civilização da nova era
Lúcio Ventania é um dos principais representantes do movimento de popularização do uso do bambu no Brasil. É o típico inovador brasileiro que integra tecnologia, design e sociedade com seu talento de perceber espaços e recriá-los como oportunidades sustentáveis. Desde 1986 coordena o programa “Desenvolvimento do Ciclo do Bambu no Brasil”.
Em 1999 criou a OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Bambuzeria Cruzeiro do Sul. Atualmente dirige o CERBAMBU RAVENA – Centro de Referência do Bambu e das Tecnologias Sociais e o PROJETO RAVENA 30. Este projeto propõe um movimento de mobilização e constante articulação social para, durante um período de 30 anos, criar e manter condições para o desenvolvimento e consolidação de uma cadeia produtiva a partir do bambu, na região de Ravena, em Minas Gerais.
Após uma longa trajetória de dedicação no desenvolvimento de pesquisas e metodologias voltadas ao artesanato, construção civil, agricultura e movelaria em bambu – focando a ativação de processos de desenvolvimento sustentável em mais de 50 comunidades de risco social, nas cinco regiões do país, no momento, vem concentrando esforços na realização do programa “Sequestro de carbono como ferramenta social”. Este programa propõe disseminar a cultura do bambu, visando à exploração desse recurso natural renovável, não madeireiro, promovendo sua preservação e evitando o desmatamento.
O projeto estimula o cultivo de 5 mil hectares (em áreas degradadas) de espécies de bambu, consorciadas com árvores nativas.



Vitor Lotufo
Bioarquitetura – Projetar com sabedoria
Arquiteto graduado pela Mackenzie em 1967, professor aposentado da PUC-Campinas e, atualmente, trabalha como arquiteto autônomo. Lotufo é 100% interessado em projetos que causam menos impacto ambiental, por isso se preocupa em construir mais usando menos e, principalmente, na racionalização no uso dos materiais; conhecê-los melhor para utilizá-los melhor.
Além disso, é autor do sistema de cálculo estrutural via geometria.
A Bioarquitetura é chamada também de Arquitetura Ecológica ou de Arquitetura Sustentável, no entanto, segundo Lotufo “essa nomenclatura não pode tirar o foco de que a discussão é, de fato, sobre o papel social da arquitetura, como minimizar o seu impacto humano e o ambiental”.
O objetivo dos seus trabalhos é projetar e construir a favor da vida, através do uso de técnicas de baixo impacto e na disseminação de conhecimento sobre os processos de execução. Com isto seus projetos contribuem para a evolução da consciência da sociedade a respeito de uma habitação sustentável.

Edoardo Aranha
Bambu – Solução para construções ecológicas
Arquiteto e Urbanista graduado pela PUC-Campinas, especialista em construções sustentáveis e bioconstrução. Edoardo agrega 16 anos de experiência no ensino e prática da sustentabilidade. Lecionou em diversas instituições do estado de São Paulo, como Unicamp, PUC-Campinas, USP e rede SESC. Além disso, foi consultor de arquitetura sustentável do programa “Ecoprático”, da TV Cultura, assim como na estruturação de inúmeras ecovilas no Brasil. Dentre elas podemos destacar o TIBÁ (www.tibarose.com.br), o IPEC (www.ecocentro.org.br), e a Escola da Terra / ONG iBiosfera (www.escoladaterra.com.br), das quais também é membro parceiro e professor.
Trabalhou e ministrou cursos junto com Johan van Lengen (Holanda / TIBÁ – RJ), André Soares (Diretor do IPEC – GO), Leiko Motomura (SP), Peter Webb (Austrália / Brasil), Oscar Hidalgo Lopez (Colômbia), Simón Veléz (Colômbia), Jorg Stamm (Alemanha / Colômbia), Marcelo Villegas (Colômbia), Antonio Ludovico Beraldo (FEA – UNICAMP) e Marcos Antonio Pereira (UNESP), grandes nomes da bioarquitetura e permacultura. Atualmente é Diretor Executivo da Carandaú Empreendimentos Sustentáveis, sendo responsável pelos Departamentos de Projetos e Obras.

Tsito´ti
Bioconstrutor por excelência – Arquitetura Ritual
Tsito´ti aos oito anos foi estudar com os missionários brasileiros em Araraquara, São Paulo. Voltou para aldeia São Marcos, no Mato Grosso, com 13 anos e continuou seus estudos básicos até entrar no Hö, casa de aprendizagem de todos os adolescentes-homens de uma mesma geração. No Hö, Tsito´ti teve sua formação como guerreiro e aprendeu sobre a tradição, a história e as cerimônias do seu povo.
Aos 19 anos terminou sua fase de instrução e já era capaz de arcar com todas as responsabilidades e deveres para defender o território Xavante. Tsito´ti se aproximou das relações políticas entre as aldeias e, devido a sua característica de liderança foi escolhido para ser cacique da Aldeia Belém. Além disso, aos 49 anos se formou em biologia pela UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso), em Barra do Bugres.
Sua ligação com a arquitetura Xavante começou ainda quando criança e se intensificou a partir dos 13 anos quando voltou a morar em terras indígenas. Treinado por gerações de construtores Xavantes, Tsito´ti adiquiriu o conhecimento no uso dos materiais e se torna bioconstrutor por excelência. Atualmente ele é um grande disseminador da chamada arquitetura ritual.



Edson Hiroshi Seo
Ecovilas – Viver em harmonia
O engenheiro agrônomo, escritor e livre educador Edson Hiroshi é bastante conhecido desde a década de 70 pela luta em prol da ecologia e defesa da agricultura orgânica. Quando se mudou para Piracaia, SP, para cuidar do pai doente, estudou e aperfeiçoou seus conhecimentos em macrobiótica, construção em bambu e tecnologias alternativas para o diversificado contexto rural e ambiental do Brasil. Como educador, criou o Projeto Franciscando-Construções Ecológicas, cuja proposta é ensinar ecotecnologias de baixo impacto ambiental e de relevante interesse socio-comunitário.
O trabalho de arquitetura ecológica de casas populares revolucionou os conceitos de economicidade em edificações. O método educa e capacita jovens em situação de risco, preparando-os para o mercado de trabalho – o jovem domina a técnica construtiva alternativa e popular com materiais ecologicamente correto.
O trabalho de Edson tem hoje abrangência nacional e resultou na construção da Ecovila Clareando, em diversos projetos de geração de renda para a população de Piracaia (oficinas de artesanato e comercialização de produtos na capital), na divulgação de valores holísticos (publicações, site e oficinas), e na conscientização sobre formas de viver em harmonia com a natureza.
Na ecovila as prioridades são a produção local de alimentos orgânicos, utilização de sistemas de energias renováveis, construção ecológica, esquemas de apoio socio-familiar (e diversidade cultural), processos democráticos de tomadas de decisão, economia auto-sustentável, saúde integrada e educação baseada na percepção sistêmica.



Johan van Lengen
Arquitetura Intuitiva – O grande Arquiteto Descalço
Johan atualmente é professor de bio-arquitetura e tecnologia intuitiva em diversas ecovilas e comunidades, e também já lecionou na escola de arquitetura da PUC do Rio de Janeiro e na UNAM, Universidade Nacional Autônoma do México. Natural da Holanda, deixou nos anos setenta uma carreira bem-sucedida como arquiteto na Califórnia para se dedicar a busca de melhoramentos nas moradias populares. Nesta condição, trabalhou para várias agências governamentais, inclusive para as Nações Unidas e, especialmente, na América Latina.
Após ter sido pesquisador de energia solar na UNICAMP, continuou desenvolvendo novas ideias em tecnologia de construção. Sua preocupação em informar o usuário direto resultou na criação do Manual do Arquiteto Descalço, obra considerada pelos especialistas desta área indispensável para a compreensão e emprego de tecnologias apropriadas na construção. Voltando para Brasil, fundou o Instituto TIBÁ, criando assim um instrumento para a disseminação de uma arquitetura mais integrada com a natureza.

Fonte, inscrições  e maiores informações: http://eba.eco.br/site/

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