IAB Tocantins: “Ciudades de Noche”: Um projeto para medir e reduzir a poluição luminosa

São Paulo, Brasil

Desde 2003, a Estação Espacial Internacional da NASA tem feito e publicado em seu sitefotografias noturnas de cidades. Entre outros fins, estas imagens têm sido usadas para identificar o alcance da poluição luminosa, considerada um fator que afeta a qualidade de vida nas cidades.

A partir destas imagens, um grupo de pesquisadoras da Universidad Complutense de Madrid (UCM) decidiu realizar a investigação “Ciudades de Noche”. Do que se trata este estudo? Mais detalhes na continuação.

Como a poluição luminosa afeta a qualidade de vida?

Espanha e Portugal, Península Ibérica

De acordo com o Escritório de Proteção da Qualidade do Céu do Norte do Chile (OPCC), a poluição luminosa é “o brilho ou fulgor da luz no céu noturno provocado pela reflexão e difusão da luz artificial nos gases e partículas da atmosfera”.

Nas cidades, a poluição luminosa já é considerada um fator que afeta tanto a qualidade de vida dos cidadãos quanto dos animais, provocando alterações nos ciclos do sono.

Nesse sentido, como uma maneira de preservar a escuridão dos céus e manter os ciclos naturais de luz - destacando sua importância para as ciências, cultura, educação e turismo - foram criadas diversas organizações internacionais, como a OPCC e a União Internacional de Astrônomos (IAU), que, inclusive, já propuseram que a UNESCO declarasse os céus como Patrimônio da Humanidade, promovendo, assim, a “defesa do céu noturno e o direito de observar as estrelas”.

Ciudades de Noche

Nova Iorque, Estados Unidos

Até agora, como parte do estudo “Ciudades de Noche”, os pesquisadores da UCM (José Gómez Castaño, Jesús Gallego, Sergio Pascual, Alejandro Sánchez de Miguel e Sergio Zamorano) criaram um site onde colocaram mais de 1.000 imagens de satélite.

A primeira etapa do projeto conta com um espaço onde qualquer pessoa pode ajudar ageorreferenciar as cidades das imagens. Uma vez feito isto, os acadêmicos iniciarão uma segunda fase onde irão determinar o fluxo de luzes provenientes das cidades de acordo com as intensidades e cores. Segundo os pesquisadores é possível, assim, calcular o gasto de energia de iluminação nas cidades.

Seu objetivo é ajudar a reduzir o consumo elétrico e melhorar a eficiência da iluminação pública, já que, segundo os dados que utilizam, o gasto mínimo da União Europeia nesse quesito é superior a 4 bilhões de euros anuais.

Rio de Janeiro, Brasil