Financiamento de projetos para eficiência energética

Rio de Janeiro - Cada vez mais pequenas, médias e grandes empresas estão investindo em projetos de eficiência energética

Lara Martinho, para o Procel Info

Rio de Janeiro - A cada dia as pequenas, médias e grandes empresas querem fazer parte de um mundo mais sustentável e tentam adotar projetos de eficiência energética que possam ajudar na conquista de um mundo melhor, voltado para a sustentabilidade. Para isso, as empresas interessadas em desenvolver esses projetos de eficiência energética contam com as linhas de financiamento disponibilizadas por algumas instituições como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES e o AgeRio (Agência Estadual de Fomento), entre outras.
O programa do Banco do Brasil dispõe de duas linhas para projetos de eficiência energética: uma com risco integral do Banco, chamado “Programa de Incentivo à Eficiência Energética”, e outro, com risco compartilhado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, o “BNDES Proesco”.
O Programa de Incentivo à Eficiência Energética objetiva, alavancar novos negócios na área de eficiência energética e disponibilizar linhas de crédito para empréstimos de capital de giro, de antecipação de recebíveis, financiamento de investimentos, leasing e facilitadores de atendimento oferecidos pelo Banco. Tal investimento é capaz de atender às necessidades de empresas que produzam e comercializam equipamentos e serviços para obtenção de eficiência energética. Como por exemplo, inversores de frequência, motores de alta eficiência, reatores eletrônicos, lâmpadas, sensores de presença, painéis fotovoltaicos e aquecedores solares de água, além de sistemas de gerenciamento de energia.
Já o BNDES Proesco, é destinado às empresas usuárias finais de energia, como usinas e indústrias. Ele também atende empresas de serviços de conservação de energia, que além de obras e equipamentos, a linha de financiamento apóia a realização de estudos e projetos de conservação de energia. O financiamento pode ser tanto para projetos mais simples, como a troca de lâmpadas tradicionais por outras mais eficientes, como para projetos mais complexos, que envolvem automatização e troca de equipamentos.
O Proesco não limita o valor para o financiamento. O banco pode financiar até 90% do valor dos itens financiáveis, e o prazo é de até seis anos incluindo o prazo máximo de dois anos de carência. O projeto atua em iluminação, motores, otimização de processos, ar condicionado e ventilação, refrigeração e resfriamento, aquecimento, automação e controle, distribuição de energia e gerenciamento energético. E são financiáveis os estudos e projetos, obras e instalações, máquinas e equipamentos, serviços técnicos especializados, sistemas de informação, monitoramento, controle e fiscalização.
O BNDES oferece também o Cartão BNDES, que financia equipamentos às micro, pequenas e médias empresas. E também possui uma linha de financiamento para a área de turismo com o objetivo de apoiar projetos tendo em vista a implantação, a modernização, o aumento da produtividade e da eficiência do setor de comércio e serviços e do complexo turístico nacional.
Desde 2013, através do Cartão BNDES, o banco estimula a energia mais eficiente ao permitir que os diagnósticos energéticos fossem pagos com o cartão. Essa medida é um dos pré-requisitos para a aprovação do crédito na linha MPME Inovadora. Apenas as ESCOs (empresas de serviço de conservação de energia) registradas e certificadas pelo QualiEsco da Abesco, estão autorizadas pelo BNDES a fazer diagnósticos energéticos. O financiamento oferecido pelo programa permite investimentos em eficiência energética com taxa de juros de 4% ao ano com 10 anos para pagar, incluído carência de 3 a 48 meses. No caso do apoio ao setor hoteleiro, os juros devidos durante à carência são capitalizados.
De acordo com o gerente do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, Marcus Vinicius Macedo Alves, desde 2010, projetos de sustentabilidade vem crescendo. “É um momento muito positivo para o BNDES, investir em questões ambientais e nas linhas de créditos para hotéis, no setor hoteleiro”.

“A eficiência energética tem uma série de componentes fundamentais, entre elas a de melhorar a rentabilidade e a produtividade das empresas”

Além do Banco do Brasil e do BNDES, a Caixa Econômica Federal também apoia projetos de financiamento para eficiência energética. O programa chamado “Ecoeficiência empresarial”, é a linha de crédito voltada para empresas de todos os portes que desejam trocar suas máquinas e equipamentos antigos por outros menos poluentes ou mais eficientes. O financiamento dessas máquinas possui taxa reduzida, além de carência e prazo diferenciados.
O Construcard, da Caixa Econômica, financia a aquisição de sistemas de aquecimento solar de água e demais itens de sustentabilidade a serem incorporados nas reformas e construções de residências.
Mas não para por aí, o CTEnerg, Fundo Setorial de Energia, é administrado pela FINEP também se destina a financiar programas e projetos na área de eficiência energética. É dada ênfase à articulação entre os gastos diretos das empresas em P&D e a definição de um programa abrangente para enfrentar os desafios de longo prazo no setor, tais como: fontes alternativas de energia com menores custos e melhor qualidade e redução do desperdício. Além disso, ele estimula o aumento da competitividade da tecnologia industrial nacional. Com uma taxa de financiamento de 0,75% a 1% sobre o faturamento líquido de empresas concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
A AgeRio, agência de fomento do governo do Estado, firmou uma parceria com o Sebrae/RJ para desenvolvimento de ações de eficiência energética focadas em micro e pequenas empresas. Para atingir esses objetivos, foi desenvolvido o “AgeRioEcoeficiência”, no qual a AgeRio disponibiliza cerca de R$ 80 milhões em recursos para investimentos nessas empresas. As taxas praticadas são de 0,89% a 1,12% ao mês, podendo chegar a 60 meses de prazo.
O diretor de Operações da AgeRio, Dário Araújo, diz que a eficiência energética tem uma série de componentes fundamentais, entre elas a de melhorar a rentabilidade e a produtividade das empresas, além do respeito ao meio ambiente. “É uma oportunidade para que se tenha financiamento que a coloque em sintonia ao que há de mais adequado hoje no mundo”. Ainda segundo Araújo, “Há um potencial para que as parcerias atinjam um universo de mil empresas em 2014”, completa. O Sebrae, por sua vez, oferece uma consultoria para uso eficiente e sustentável de energia.

Fonte: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?ViewID=%7B8D1AC2E8-F790-4B7E-8DDD-CAF4CDD2BC34%7D&params=itemID=%7B50093FF9-6ACD-4477-B06D-3256B34F7757%7D;&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D

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