madame pritzker

Diretora do prêmio pritzker diz que a arquitetura não pode ser a assinatura de alguém tratada como commodity e que a diversidade necessária para os dias de hoje passa pelo ensino

martha thorne falou com a bamboo durante sua passagem por são paulo

martha thorne falou com a bamboo durante sua passagem por são paulo

Em entrevista exclusiva à Bamboo, durante sua passagem por São Paulo em agosto, Martha Thorne delineia diversas questões da produção arquitetônica contemporânea. Leia a seguir.

Bamboo Como funciona o processo de escolha do vencedor do Pritzker?

Martha Thorne Tudo começa com a seleção dos jurados, em que buscamos um equilíbrio geográfico, de idades e de profissões. Todos no júri são conhecedores de arquitetura, mas não necessariamente arquitetos. Todo mês de setembro eu mando cerca de 200 e-mails e cartas para arquitetos, críticos, bloggers, diretores de museus, professores. Qualquer arquiteto pode ser indicado e, a partir de sugestões, faço uma ampla lista de premiáveis. Em janeiro e fevereiro, o corpo de jurados passa a se reunir presencialmente para decidir o vencedor. Nada do processo é divulgado publicamente até o anúncio final, justificado por meio da ata do júri. Desde 1979, o Pritzker premia arquitetos de modo semelhante ao que ocorre com o prêmio Nobel para outras disciplinas. Nesse sentido, o Pritzker tem feito um grande trabalho ao ampliar a discussão arquitetônica no debate público, não impondo um caminho certo, mas apresentando diferentes abordagens da arquitetura de alta qualidade.

Arquitetura de excelência
O que pensa a diretora do Pritzker sobre alguns dos premiados recentes.

Shigeru Han, japonês, vencedor do Pritzker de 2014
"Ele não ganhou o Pritzker por suas boas intenções ao produzir abrigos para pessoas em situações severas. Ban é verdadeiramente inovador por usar algo existente de um modo novo, como no caso dos tubos de papel como elementos estruturais de arquitetura".

shigeru ban, japonês, vencedor do pritzker 2014

shigeru ban, japonês, vencedor do pritzker 2014

Toyo Ito, japonês, vencedor do Pritzker de 2013
"Como educador, é um tipo de arquiteto que abre portas e cada um escolhe a porta por onde quer entrar. Ele não fala ‘me sigam’. Ele diz ‘olhem todas as possibilidades'’’.

toyo ito, japonês, vencedor do pritzker de 2013

toyo ito, japonês, vencedor do pritzker de 2013

Wang Shu, chinês, vencedor do Pritzker de 2012

"Defende a continuidade na arquitetura do passado para o presente, a consciência da situação local, a sustentabilidade e a importância do treinamento de pessoas".

wang shu, chinês, vencedor do pritzker de 2012

wang shu, chinês, vencedor do pritzker de 2012

Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, japoneses do Sanaa, vencedores do Pritzker de 2010

"São capazes de fazer uma arquitetura que praticamente desaparece: um simples palco para que a vida aconteça".

kazuyo sejima e ryue nishizawa, japoneses de sanaa, vencedores do pritzker de 2010

kazuyo sejima e ryue nishizawa, japoneses de sanaa, vencedores do pritzker de 2010

Jean Nouvel, francês, vencedor do Pritzker de 2008

"É um ‘corredor de riscos’ que nem sempre é bem-sucedido. Na ata, o júri foi bem claro nisso. Porém, o fato de ele correr riscos empurra a disciplina para frente".

jean nouvel, francês, vencedor do pritzker de 2008

jean nouvel, francês, vencedor do pritzker de 2008

Carla Juaçaba, brasileira, vencedora do Arcvision de 2013
"O pavilhão da humanidade [para a conferência rio+20, em 2012] contém uma ideia muito clara e forte. É excelente pensar que os andaimes foram usados em outro lugar depois".

carla juaçaba, brasileira, vencedora do arcvision de 2013

carla juaçaba, brasileira, vencedora do arcvision de 2013

Leia a entrevista completa na seção entrevista da bamboo de outubro.

Fonte: http://bamboonet.com.br/posts/diretora-do-premio-pritzker-diz-que-a-arquitetura-nao-pode-ser-a-assinatura-de-alguem-tratada-como-commodity-e-que-a-diversidade-necessaria-para-os-dias-de-hoje-passa-pelo-ensino

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