murais modernos

muralista e artista plástico paulo werneck ganha exposição panorâmica em belo horizonte, cidade que concentra suas principais obras

paulo werneck | projeto para o senai benfica, 1943, guache sobre papel
   paulo werneck | projeto para o senai benfica, 1943, guache sobre papel
                                                                                                                                                               As paisagens modernistas brasileiras não seriam as mesmas sem os trabalhos de Paulo Werneck (1907-1987). O muralista e artista plástico carioca realizou vários projetos ao lado de arquitetos que hoje ocupam lugar canônico no imaginário nacional, como é o caso de Oscar Niemeyer e os irmãos Roberto. Werneck é o criador de painéis icônicos que adornam a Pampulha, a Igreja São Francisco de Assis e o Museu JK, em Belo Horizonte, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o Senado e o Palácio do Itamaraty, em Brasília.

paulo werneck | projeto para o instituto de resseguros do brasil, 1942, guache sobre papel
paulo werneck | projeto para o instituto de resseguros do brasil, 1942, guache sobre papel

Os mais de 300 murais que Werneck desenvolveu para instituições, residências e edifícios ocupam diversas fachadas e paredes de cidades pelo Brasil – e fazem parte de um momento histórico em que arte, arquitetura e urbanismo eram intimamente integrados, de modo que arquiteto e artista participavam lado a lado nos projetos, de sua concepção ao resultado final. Se normalmente obras do muralista são vistas em espaços públicos, agora elas surgem – na versão de estudos e investigações – na esfera privada e são tema da mostra Paulo Werneck – muralista brasileiro, que começa no próximo dia 15 de novembro, no Museu de Arte da Pampulha, na capital mineira.

paulo werneck | projeto para o aeroporto santos dummont, 1947, guache sobre papel
paulo werneck | projeto para o aeroporto santos dummont, 1947, guache sobre papel
Após passar pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Recife, a exposição adquire um  âmbito mais significativo ao chegar a Belo Horizonte, já que a cidade abriga as obras mais conhecidas de Werneck. Com curadoria de Claudia Saldanha, neta do artista, esta é mostra mais completa já realizada e reúne 150 projetos para painéis em guache sobre papel, documentos, reproduções fotográficas, mobiliário, ilustrações, além dos filmes Paulo Werneck – arte e raiz, dirigido por Paula Saldanha e o vídeo P.W. Pincéis e painéis, de Vivian Ostrovsky.

paulo werneck | painel do ginásio de cataguases, arquiteto oscar niemeyer 1947, mosaico cerâmico
paulo werneck | painel do ginásio de cataguases, arquiteto oscar niemeyer 1947, mosaico cerâmico


mosaicos
Se hoje o mosaico é um recurso popular nas construções brasileiras, na década de 1940, se tratava de uma novidade. “Paulo Werneck introduziu o uso do mosaico como complemento a projetos arquitetônicos no Brasil. Em 1942, convidado por Marcelo Roberto, fez seu primeiro painel para o Instituto de Resseguros do Brasil”, conta Claudia. O edifício-sede da instituição então recebeu sete painéis cerâmicos em seu terraço. Dois anos mais tarde, os mosaicos foram instalados na Pampulha, a pedido de Niemeyer, e se tornaram uma marca na arquitetura moderna brasileira.
paulo werneck | painel em residência em paquetá, arquitetura mmm roberto, 1962, mosaico cerâmico
paulo werneck | painel em residência em paquetá, arquitetura mmm roberto, 1962, mosaico cerâmico

 oscar niemeyer, joaquim cardoso e paulo werneck na pampulha, 1944
oscar niemeyer, joaquim cardoso e paulo werneck na pampulha, 1944

paulowerneck.org

0 comentários:

 
IAB Tocantins Copyright © 2009 Blogger Template Designed by Bie Blogger Template
Edited by Allan