8º Prêmio AsBEA

NAS PRÓXIMAS PÁGINAS, O LEITOR PODERÁ ACOMPANHAR A REPORTAGEM ESPECIAL QUE PREPARAMOS SOBRE OS PREMIADOS E DESTAQUES DA OITAVA EDIÇÃO DO PRÊMIO ASBEA, PROMOVIDO BIENALMENTE PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA.
Como na edição anterior do certame, a participação esteve aberta a associados e não associados da instituição, de modo a - como salienta o arquiteto Marcelo Barbosa, pela segunda vez consecutiva o curador da premiação - fazê-lo representativo da diversidade da atuação dos profissionais da área no Brasil. Há ainda um importante caminho a ser trilhado pela Asbea, que é, em síntese, o da reversão do predomínio do trabalho autônomo do arquiteto contra a minoria dos que se constituem empresarialmente. Por outro lado, destaca-se a sinergia que tem havido entre as várias unidades da entidade - recentemente foi criada a Asbea/SP, local que acumulava a tarefa de gerir os assuntos paulistas e nacionais da associação -, sobretudo na defesa da qualificação contínua dos seus profissionais e do reconhecimento das atribuições da arquitetura nos domínios privado e público. O percurso em defesa da relevância da profissão no Brasil é longo, mas iniciativas como as do prêmio que apresentamos a seguir podem contribuir para encurtá-lo.
Nesta edição do Prêmio Asbea se inscreveram 90 escritórios de todo o Brasil, autores de 125 projetos, construídos ou não, dos quais 27 foram consagrados com prêmios ou destaques (menções honrosas) em oito categorias: edifícios e conjuntos residenciais, comerciais, de serviços, institucionais, industriais, arquitetura corporativa e de interiores, residências e projetos especiais. Em conjunto, eles são um recorte da produção arquitetônica brasileira dos últimos cinco anos, que é o período abarcado pela modalidade obras concluídas.
Analisou os trabalhos um júri heterogêneo de arquitetos, composto por Abílio Guerra (professor e editor do site Vitruvius), Lucas Fehr (professor e sócio do escritório Estúdio América), Álvaro Puntoni (professor e sócio do escritório GrupoSP Arquitetos), Guilherme Wisnik (professor, crítico de arquitetura e curador geral da 10ª Bienal de Arquitetura de São Paulo) e Eduardo Della Mana (diretor executivo do Secovi/SP e sócio do escritório PPU Projetos Urbanos), além do administrador e criador da incorporadora Idea!Zarvos, Otávio Zarvos. O grande destaque da edição, como o leitor poderá atestar a seguir, foi o escritório do arquiteto Roberto Loeb, que, em companhia do seu sócio, Luís Capote, recebeu o Prêmio Roberto Aflalo, que consagra o conjunto da obra no que se refere à “importância para o desenvolvimento, valorização e representação da classe ou profissão”. Fato inédito na premiação, essa foi a segunda vez consecutiva que Loeb recebeu tal distinção, o que se deu sobretudo por projetos da área industrial e de equipamentos urbanos.
Nas demais categorias, um dos aspectos destacados pelo júri foi o da adequação das obras à escala do entorno, assim como o entrosamento com a paisagem, o respeito à preexistência em sintonia com o uso inventivo de materiais.
A modalidade projetos não edificados, contudo, teve desempenho irregular, com cinco categorias que não receberam inscritos ou primeiras colocações: edifícios comerciais, institucionais, industriais, arquitetura corporativa e de interiores e projetos especiais. Um fato a ser analisado pelos organizadores, pois, como observa Marcelo Barbosa, o projeto é “na produção arquitetônica de um escritório como uma tese, na qual experiências são gestadas e aperfeiçoadas”. Já para Eduardo Nardelli, presidente da Asbea, o prêmio transcende os seus próprios limites, evidenciando a qualidade da arquitetura brasileira, aqui e no exterior.

 
Prêmio Roberto Aflalo

 
Prêmios Obras

 
Menções Obras

 
Prêmios Projetos

Menções Projetos

Texto de Evelise Grunow| Publicada originalmente em Projeto Design na Edição 417

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