Parte 1/3 A evolução da construção sustentável – Principais referências

por gbcbrasil | postado em: Entrevistas, Matérias | 1

Por Siegbert Zanettini

SIEGBERT ZANETTINI - GBC - parte 1 - okvick

A par de lembrar mais uma vez Leonardo da Vinci e Michelangelo por tudo que eles representam de pluralidade de convergência da ciência e da arte para o envolvimento holístico do conhecimento, que comentarei mais adiante, não é possível deixar de identificar as origens da visão sustentável conceito que aparentemente recente, teve na minha trajetória de meio século nas diversas abordagens e experiências em teoria e prática da arquitetura.

Nos últimos cem anos não poderia deixar de identificar alguns mestres arquitetos como os principais percussores desta etapa evolutiva presente.

Frank Lloyd Wright(1867-1959) há meu ver o maior e mais destacado arquiteto na abordagem orgânica da arquitetura do século XX, que o afasta de toda possibilidade de comparação com o estilo modernista. Ao se afastar das experiências européias modernistas de sua época, projeta em 1906 a Robie House, construída entre 1908 e 1910, em Chicago, uma das expressões máximas das “Prairie Houses”, é exemplo significativo da arquitetura orgânica.

Em 1935 projeta a “Fallingwater”, a Casa da Cascata construída entre 1936 e 1937 junto a uma cachoeira no Rio Beer Run, na Pensilvânia. Afirma assim em sua autobiografia: “Sabia bem que nunca uma casa deveria ser posta “em” uma colina ou “em” qualquer lugar. A casa devia ser “da” colina. Pertencer à ela”.

Robie House - Frank Lloyd Wright                                  Robie House – Frank Lloyd WrightCasa da Cascata - Frank Lloyd Wright                                              Casa da Cascata – Frank Lloyd Wright

Entre 37 e 56 ergue o complexo com vários edifícios o “Taliesin West” laboratório e moradia de Wright e seus auxiliares.

Estes três exemplos, entre centenas de outros projetos, são obras primas de um arquiteto genial que há na primeira metade do século 20 defendia: “Um edifício deve dar a impressão de crescer sem esforço de seu lugar, ser projetado de modo a harmonizar com o ambiente, se a natureza se manifesta ali; caso contrario, procurem deixá-lo silencioso, essencial e orgânico na mesma medida, como se a Natureza fosse encontrada em circunstâncias favoráveis.”

Taliesin West - Frank Lloyd Wright            Taliesin West – Frank Lloyd Wright

O tempo inexorável que muda paisagens, coisas e objetos, que deteriora e envelhece, que altera comportamentos e que evolui, aprimora, acrescenta experiência e sabedoria, incentiva a inventar e criar novas formas, funções e estruturas. Uma arquitetura que incorpore esse tempo, que mostre as mutações de luz, cores e brilhos do amanhecer ao entardecer, ressalta os focos luminosos que transpõem aberturas, superfícies translúcidas e vitrais reproduzindo novos cenários.

Falar em arquitetura é falar também da luz. Com intensidade, amplitude e matizes moldam os espaços e valorizam formas. Mies Van der Rohe, um mestre da tipologia do aço, dizia: “A História da arquitetura é a luta pela luz, pela janela”. Le Corbusier, também defendeu “A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes sob a luz”.

Casa de vidro de Mies Van der Rohe                                   Casa de vidro de Mies Van der RohePavilhão Alemão – Expo Barcelona  Mies Van der Rohe                           Pavilhão Alemão – Expo Barcelona
Mies Van der Rohe

Capela Notre-Dame-du-Haut  Le Corbusier                                 Capela Notre-Dame-du-Haut
Le CorbusierHeidi Weber Museum Centro le Corbusier                                     Heidi Weber Museum Centro le Corbusier

Experiências arquitetônicas no exterior que, a partir da obra do Centro Pompidou de

Paris, em 1977, dos arquitetos Richard Rogers e Renzo Piano, às quais se juntam as de Norman Foster, Santiago Calatrava, entre outros.

Centro Georges Pompidou Richard Rogers e Renzo Piano                                                        Centro Georges Pompidou Richard Rogers e Renzo PianoTorre Commerzbank - Norman Foster                                     Torre Commerzbank – Norman Foster

Ponte da Mulher – Buenos Aires Santiago Calatrava                                                                              Ponte da Mulher – Buenos Aires
Santiago Calatrava

A sustentabilidade hoje em muitos casos utilizada como “marketing”, não foi um conceito que surgiu nos últimos anos.  Vários arquitetos brasileiros do passado  adotavam com clareza conceitos bio-climáticos e eco-eficientes em seus projetos. Rino Levi, Lucio costa, Severiano Porto, Sérgio Bernardes, Affonso Eduardo Reidy, Roberto Burle Marx, renomado internacionalmente ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista.

Banco Sul-Americano do Brasil - Rinio Levi                                        Banco Sul-Americano do Brasil – Rinio LeviResidência Robert Schuster - Severiano Porto                Residência Robert Schuster – Severiano Porto

Aterro do Flamengo - Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx                                       Aterro do Flamengo – Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx Edifícios Residenciais Parque Guinle - Lucio Costa                   Edifícios Residenciais Parque Guinle – Lucio Costa

No presente João Filgueiras Lima/Lelé 1932-2014, possuem exemplos notáveis de projetos com soluções inovadoras, tecnologias e “design” extremamente compatíveis com o meio ambiente, com a estrutura, com os materiais utilizados, com a durabilidade da obra, com o sistema construtivo e com o conforto do usuário.

Rede de Hospitais Sarah Kubitschek  Fortaleza - João Filgueiras Lima                                     Rede de Hospitais Sarah Kubitschek
Fortaleza – João Filgueiras LimaRede de Hospitais Sarah Kubitschek  Fortaleza - João Filgueiras Lima                                   Rede de Hospitais Sarah Kubitschek
Fortaleza – João Filgueiras Lima

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Fonte: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=250

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