Divisórias piso-teto isolam ruídos e dosam a visibilidade nos espaços de trabalho

Por Giovanny Gerolla

Edição 225 - Dezembro/2012

divulgação Saad Larcipretti Arquitetura e Interior

Divisórias piso-teto unem estética e desempenho, isolando ruídos e dosando a visibilidade conforme o desejado

Luz natural, liberdade e integração de espaços: o conforto nos ambientes de trabalho tem sido a diretriz básica dos mais modernos projetos de interiores para escritórios, e o vidro entra como carro-chefe, não só visando à interação humana, mas como elemento de ligação entre aqueles ambientes que exigem um pouco mais de privacidade e alguma separação mecânica.

"O vidro permite integração visual com privacidade acústica e distribuição de luz", confirma o arquiteto Marcos Azevedo, vice-presidente administrativo da AsBEA e titular do Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa. "Também é bom suporte para imagens de comunicação visual das corporações e produtos, películas em cores, e importante elemento enriquecedor do lado estético do projeto."

A indústria de divisórias piso-teto, por sua vez, tem apresentado um leque de opções de produtos que vão dos modulares em perfis de alumínio, com vidros duplos, coloridos, serigrafados, persianas embutidas, tecidos entre vidros, e até emoldurados em lâminas de madeira.

Em muitos casos, porém, é possível usar um simples blindex de vidraçaria, em perfis "U" - a solução é mais barata, mas pode não oferecer o nível de isolamento acústico normalmente exigido em projetos corporativos de alto padrão.

"No mercado corporativo, no qual a responsabilidade técnica é alta, não vejo como não trabalhar com os fornecedores da indústria, uma vez que seus produtos, testados e certificados, seguem normas de desempenho e cumprem aquilo que é esperado em termos de eficiência térmica e acústica", opina Marcos. "E não é só o vidro: trata-se de todo o sistema - estruturação, vedações, caixilhos. O produto industrial é mais complexo e mais completo."

Dentre as soluções atualmente adotadas, uma é o vidro duplo, com câmara de ar interna entre as duas placas. A espessura de cada placa varia de acordo com o grau de privacidade acústica que se queira atingir.

A opção pelo vidro simples, por outro lado, exige espessura mínima de 10 mm para que se obtenha o mesmo desempenho. "Apesar de parecer um vidro só, na verdade, o simples tem duas lâminas unidas por uma fina película, que garante mais estabilidade ao laminado", explica o vice-presidente da AsBEA.

Marcos Azevedo afirma que a opção pelo laminado é mais segura, porque "se sofrer qualquer impacto, reterá as partes quebradas sem que os cacos se espalhem", diz. "Na Europa, há laminados de até 18 mm de espessura."

Outra característica dos sistemas modulares industrializados é que são removíveis, afixados em estruturas metálicas aparafusadas no piso e no teto, o que possibilita os espaços serem redesenhados a qualquer tempo. "Por ser um tipo de solução flexível, pode ser fabricada de acordo com o conceito de cada projeto, personalizado, inclusive quanto às cores (dos vidros e dos perfis), o que garante que o trabalho do arquiteto não fique engessado sempre ao mesmo layout", diz Marcos.

A arquiteta Gisele Conde, no entanto, sente falta de divisórias para vidros curvos. "Já usei uma vez, mas é preciso importar, e o preço é muito alto", desabafa. Não é, porém, todo dia que se tem a oportunidade de trabalhar com um material de ponta - tudo vai depender muito do estilo da empresa ou do cliente.

Mais comuns são as composições com o material, que pode até virar lousa para salas de reunião: encomenda-se a pintura do vidro da divisória a frio, na cor branca. E, num passe de mágica, tem-se privacidade do espaço e a sensação de ser livre para rabiscar a "parede" o quanto quiser.

Variedade

Na Philips, a preocupação com estímulo à criatividade, inovação intelectual produtiva e bem-estar traduziu-se em transparência, espaços abertos e bem iluminados, através do projeto de interiores da Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa. As divisórias piso-teto são em vidro duplo, com face externa 8 mm e interna 6 mm (laminados), mas há divisórias de vidro único blindex e também temperados 10 mm. A variedade nos vidros adapta-se à versatilidade no uso das cores: o branco e o azul comunicam a marca da empresa, e os tons de verde, amarelo e magenta dividem os espaços de trabalho funcionalmente. Nesse contexto, as estruturas das divisórias, em alumínio anodizado, acompanham as cores da própria comunicação visual.

Foto: Luiz Fernando Macian

FICHA TÉCNICA

ARQUITETURA DE INTERIORES E ESTUDOS DE VIABILIDADE Andrade Azevedo
CONSTRUTORA Sempre Engenharia
GERENCIAMENTO DA OBRA Jones Lang LaSalle
LUMINOTÉCNICA Franco & Fortes
COMUNICAÇÃO VISUAL Tátil
PROJETO ACÚSTICO Walter Galvão
DIVISÓRIAS Design On
ÁREA 7.580 m²
LOCAL Barueri, São Paulo
DATA 2010/2011

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Fonte: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/225/vidro-do-piso-ao-teto-divisorias-piso-teto-unem-estetica-274635-1.aspx

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