A pé e de bicicleta — Cidade ciclável é também mais caminhável




Sao Paulo (www.capital.sp.gov.br)

Mobilidade urbana significa não só pensar os espaços urbanos para garantir o ir e vir das pessoas. Em um sentido mais amplo, significa também repensar e redesenhar as cidades refletindo sobre as formas das pessoas se relacionarem e permanecerem. Significa acomodar e resgatar meios ativos — primordiais de deslocamento — que impactam diretamente na melhor qualidade de vida da população, pois: usam a própria energia para se locomover; fazem com que as pessoas vivam a cidade em uma escala mais humana; são mais atentos ao seu redor; e promovem a troca de olhares :) Sociedade: ative-se!
Pessoas de bicicleta e pessoas que caminham: como o movimento cicloativista promove também a mobilidade a pé?
Primeiro, embora a legislação garanta a segurança para a mobilidade ativa — CTB art. 29 §2º: “(…)os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”, a divisão das ruas é acentuadamente desigual. Na prática, 80% do espaço viário das cidades são dedicados aos veículos motorizados, enquanto os modos a pé e de bicicleta contam com pouca infraestrutura, com pouco tempo e espaço, mesmo sendo a maioria de acordo com as pesquisas de origem-destino. Essa desproporção e injustiça acabam por vulnerabilizar essas pessoas no trânsito.
Neste sentido, o programa vision zero de Nova Iorque, com o principal objetivo de reduzir a zero as mortes no trânsito, aponta também que cidades mais cicláveis reduzem consideravelmente a taxa de ocorrências de trânsito envolvendo pedestres. Em outras palavras, ciclovias, ciclofaixas e toda infraestrutura que garante a segurança daqueles que pedalam, tornam as ruas mais seguras também para os que caminham.

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